Durante o dia, dezenas de personalidades mostraram pesar com a partida de um comunicador por excelência. Artur Agostinho começou na rádio, passou pela televisão, pelo cinema e pela publicidade. Foi jornalista, escritor e actor, entre outras actividades que manteve durante os mais de 72 anos de carreira.
O corpo do jornalista seguiu para a capela da Igreja São João de Deus, em Lisboa, onde várias figuras públicas se deslocaram para prestar uma última homenagem. Entre estas esteve Pedro Passos Coelho, o líder do PSD, que fez questão de se despedir do comunicador. Ao CM, sublinhou a "presença de grande referência, mais do que na televisão, na cultura portuguesa, que marcou muitas gerações" que Agostinho representa. "Conseguiu trabalhar sempre com energia e genialidade", recordou.
Hoje, às 14h15, terá lugar a missa de corpo presente. Às 16h00, arranca o cortejo fúnebre para o cemitério de Benfica, em Lisboa.
Em Dezembro do ano passado, poucos dias depois do seu 90º aniversário, Artur Agostinho recebeu a Comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva. Na altura, o jornalista disse que aquele era um dos dias "mais felizes" da sua vida. "As homenagens devem ser feitas em vida, porque depois de morto já não podemos usufruir da alegria de ser homenageado", confessou. Dias mais tarde, em entrevista ao Correio da Manhã, revelou que, apesar da idade, ainda estava cheio de projectos, como o lançamento do livro de memórias, que publicou no início deste mês, e declarava-se "reformado em part-time". Nas reacções à morte de Artur Agostinho, é comum o elogio ao profissional e ao homem, que inspirou muitos dos grandes comunicadores do País a enveredarem por esta carreira.
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